A Polícia Federal iniciou nesta sexta-feira (10) a Operação Libertação para erradicar o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Ao longo da semana, uma série de órgãos do governo começou a atuar na região entre Roraima e o Amazonas para expulsar não indígenas da região demarcada.
Nos últimos dias, após a fuga de garimpeiros da área indígena, foi observada uma tentativa de retorno dos criminosos para a região demarcada.
A PF busca interromper a logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura utilizada para a prática do garimpo ilegal bem como a materialização das provas sobre a atividade criminosa.
A corporação informou que vai destruir maquinários e meios destinados ao crime.
As ações de combate ao crime são realizadas por força-tarefa de entes governamentais, liderada pela Polícia Federal e composta pelo Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa.
O Governo Federal determinou a retirada de cerca de 20 mil garimpeiros que operam ilegalmente no território Yanomami e decretou emergência em saúde pública na região por conta de uma epidemia de desnutrição e a explosão de casos de malária entre os indígenas.
Cerca de 500 yanomamis estão internados por desnutrição, pneumonia, malária e outros diagnósticos. Um hospital de campanha foi montado pela Força Aérea para dar maior vazão aos atendimentos e a Força Nacional do SUS, com médicos e enfermeiros voluntários, atua nas aldeias para o primeiro atendimento.
A FAB e a Marina também atuam no bloqueio aéreo e fluvial para impedir a perpetuação da invasão da área indígena por garimpeiros e pessoas não autorizadas.
Nesta semana, os ministros dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e da Defesa, José Múcio Monteiro, estiveram em Roraima para coordenar as ações de resposta.