A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (8) o ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por uso de documento falso, após ele ter divulgado um laudo médico que não era verdadeiro contra o deputado Guilherme Boulos (PSOL) no dia 4 de outubro, dois dias antes do primeiro turno das eleições municipais.
Marçal prestou depoimento hoje (8) na Superintendência da PF no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista, e negou envolvimento na elaboração do laudo médico. Ele também afirmou que a divulgação do documento nas redes sociais foi responsabilidade da equipe de campanha dele.
A Polícia Civil de São Paulo confirmou que o laudo era falso um dia após a publicação, mesma data em que a campanha de Boulos registrou um boletim de ocorrência. O documento teria informações que atestariam o uso de drogas pelo deputado.
A falta de veracidade foi constatada após a análise técnica do Instituto de Criminalística (IC) verificar que a assinatura do médico falecido José Roberto de Souza, utilizada em diversas páginas, não correspondia com a verdadeira, e que o profissional não tinha vínculo com a clínica citada no documento.
A Justiça Eleitoral também investiga o caso. Se Marçal for condenado, pode perder os direitos políticos e ficar inelegível.