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Polícia desmonta acampamento golpista em Brasília e 1200 radicais são detidos

Grupo se reunia no QG do Exército na capital federal desde a eleição de Lula, em outubro; parte dos detidos foi levado para a penitenciária da Papuda

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Polícia desmonta acampamento golpista em Brasília e prende 1200 radicais Foto: Reprodução
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A Polícia Militar do Distrito Federal e a Força Nacional desmontaram na manhã desta segunda-feira (9) o acampamento golpista que estava instalado no Quartel-General do Exército em Brasília desde a confirmação da derrota do presidente Jair Bolsonaro na eleição de outubro. O grupo de radicais que insiste em não reconhecer o resultado das urnas foi levado para a sede da Polícia Federal em ônibus escoltados pelas forças de segurança. Cerca de 1200 pessoas foram detidas e levadas para averiguação.

No domingo (8), parte dos terroristas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal saiu do QG e marchou em direção à Esplanada dos Ministérios. A polícia escoltou os extremistas em parte do trajeto, o que resultou em acusações de leniência das autoridades.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a intervenção na segurança pública do Distrito Federal e colocou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como responsável pela segurança do DF até o dia 31 de janeiro. O Congresso Nacional se reúne nesta segunda-feira (9) para chancelar a decisão.

O acampamento desmontado em Brasília tinha barracas e estrutura completa de alimentação. Os militares resistiam em desmontar a área ocupada desde outubro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, apontou que existem financiadores dos atos e que todos serão identificados e punidos.

Na noite de sábado (7) para domingo (8), dezenas de ônibus com golpistas chegaram ao Distrito Federal e foram para o QG do Exército. Em decisão do Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão dos coletivos e que os proprietários dos veículos sejam ouvidos pela Polícia Federal em 48 horas. O magistrado também determinou a apreensão dos ônibus.

Ainda no domingo (8), após a atuação das forças de segurança para a retomada dos prédios invadidos, cerca de 300 radicais foram presos. Parte dos vândalos foi levado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília.