O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirma que a Polícia Civil vai investigar o envolvimento de outras pessoas no ataque à escola estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da capital paulista, onde um estudante matou uma professora a facadas e deixou outras cinco feridas nesta segunda-feira (27).
Serão investigados conteúdos postados pelo adolescente de 13 anos em redes sociais e a possível participação de colegas no ataque, disse Derrite em coletiva de imprensa.
O aluno, que não teve a identidade revelada, atacou e matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Ela foi encaminhada em estado grave ao Hospital Universitário da USP, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O aluno responsável pelos ataques desta segunda-feira (27) já tinha registro de violência e um boletim de ocorrência foi registrado contra ele pela direção de outra escola em 28 de fevereiro de 2023.
Na ocasião, uma professora de Taboão da Serra alertou as autoridades para a divulgação de vídeos de uso de arma de fogo postados pelo adolescente. Na última sexta-feira (24), ele teria se envolvido em uma confusão com outro estudante da escola.
Em entrevista coletiva desta segunda, o secretário de Educação, Renato Feder, afirmou que a diretora tinha uma conversa agendada com o agressor.
Renato Feder destaca que as aulas estarão suspensas no colégio na próxima semana e que o governo vai antecipar parte do recesso de julho para não atrapalhar o calendário da unidade escolar.
Já o comando da Polícia Militar vai promover encontros com representantes das diretorias escolares para discutir como melhorar a segurança nessas áreas.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, reforçou que as rondas escolares serão mantidas, com 566 policiais e mais de duzentas viaturas espalhadas por todo o estado de São Paulo.
O governo paulista decretou luto oficial de três dias e anunciou melhorias no programa Conviva, que leva profissionais da Educação para identificar vulnerabilidades de cada escola.
Até o momento, o programa tem 300 profissionais cadastrados e o objetivo é ampliar o atendimento para todas as 5 mil escolas do estado.
A Secretaria de Educação também prometeu aumentar o número de psicólogos e pedagogos disponíveis para atendimentos presenciais, e não mais virtuais.