A Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal investigam as circunstâncias da morte do empresário Antônio Vínicius Lopes Gritzbach e do motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, assassinados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Gritzbach foi executado com tiros de fuzil após chegar de uma viagem na sexta-feira (8).
Celso, que não tinha ligação com o delator, acabou sendo atingido pelos disparos e morreu no sábado (9). Outras duas pessoas ficaram feridas e uma delas segue internada.
Imagens de segurança mostram o momento em que os criminosos estacionam o carro no terminal de embarque e atiram cerca de trinta vezes na direção do delator.
O automóvel e as armas usadas pelos assassinos foram encontrados e estão sendo analisados pela perícia.
A Polícia acredita que os criminosos tinham acesso a informações da rotina das vítimas e que eles planejaram o atentado com antecedência. Quatros agentes militares que deveriam fazer a escolta do empresário foram afastados e estão sendo investigados.
Em depoimento, eles afirmaram que o carro que iria buscá-lo quebrou no caminho ao aeroporto e apenas um dos seguranças foi até o terminal.
Gritzbach delatou o pagamento de propina a agentes de segurança e um esquema bilionário de lavagem dinheiro do Primero Comando da Capital. Ele era responsável por limpar o dinheiro arrecadado pela facção criminosa. O empresário também é apontado como responsável pela morte de dois líderes do PCC.
Em um depoimento para o Ministério Público, Gritzbach pediu que fosse reforçado a segurança e afirmou que tinha sido jurado de morte.
Apesar do pedido, o MP alega que o empresário recusou a segurança do Estado e preferiu contratar uma escolta particular.