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Polícia apreende adolescentes suspeitos de praticar crimes sexuais no Discord

Operação Dark Room foi realizada no Rio de Janeiro

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Polícia apreende adolescentes suspeitos de praticar crimes sexuais no Discord
Agencia Brasil

Dois adolescentes suspeitos de praticar estupros e induzir meninas à automutilação, foram apreendidos nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro pela Delegacia da Criança e Adolescente (DCAV) como parte da Operação Dark Room da Polícia Civil fluminense.

Os suspeitos de 14 e 17 anos participavam de uma organização que já fez mais de 300 vítimas em todo o Brasil.

Outro acusado, de 14 anos, também estava entre os alvos da Operação Dark Room e foi localizado em Volta Redonda, no sul do Rio de Janeiro  

As investigações revelaram que os crimes eram cometidos através de grupos no Discord, plataforma que plataforma de comunicação com suporte de mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.  

Os agentes apuraram que as vítimas entravam no grupo de forma espontânea, achando que se tratava de um fórum para jogadores de videogame, eram escolhidas após procura em perfis abertos nas redes sociais ou até mesmo indicadas por outros integrantes.

Segundo o delegado Luís Henrique Marques, os criminosos faziam ameaças às vítimas. "Os desafios vão desde mostrar partes íntimas, zoofilia, prática de automutilação é isso vai aumentando gradualmente, ao ponto que a vítima começa a cumprir as exigências e fica cada vez mais vinculado a esse grupo, no final, tornando-se uma verdadeira escrava desses autores. São tarefas humilhantes. A vítima com medo de isso ser desvendado para amigos, colégios e os pais, cede às pressões desse grupo criminoso, que comete todo tipo de violência física e psicológica", explica.

De acordo com os agentes, os suspeitos mandavam as vítimas cometerem atos de extrema violência, contra elas mesmas e contra animais.

A Polícia obteve durante as investigações vídeos publicados nos servidores, onde animais são mutilados e sacrificados como parte de desafios impostos pelos administradores. Algumas ações ainda eram transmitidas em chamadas de vídeo para todos os integrantes do servidor.  

Além disso, os investigados também divulgavam pedofilia, zoofilia e faziam apologia aberta ao racismo, nazismo e à misoginia. As investigações começaram em março, após o compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e Polícias Civis dos estados das vítimas. Desde abril, mais de 10 pessoas foram presas e apreendidas.