Os partidos Podemos e PSC anunciaram na noite desta terça-feira (22) a fusão das legendas. Ao todo, a nova composição terá 18 deputados federais e 7 senadores a partir de 2023. O processo ainda precisa passar pelo aval do Tribunal Superior Eleitoral.
Em nota, os partidos afirmam que a união de forças vai garantir a defesa do Estado Democrático de Direito, o fortalecimento do pacto federativo e a harmonia continua entre os Poderes.
O conjunto manterá o nome Podemos, mas utilizará o atual número 20, utilizado pelo Partido Social Cristão, nas urnas.
Com a união, o Podemos passa a ser a oitava maior bancada na Câmara dos Deputados e terá um número maior de parlamentares do que legendas tradicionais como PSDB, PDT e PSOL.
A fusão permite que a legenda ultrapasse a cláusula de barreira e mantenha o fundo partidário. Por lei, partidos que não atinjam determinado número de eleitos e de votos válidos na eleição nacional, ficam a parte da distribuição de tempo de rádio e televisão, além do dinheiro distribuído para as atividades partidárias.
Quando aprovada, a cláusula de barreira já previa que o número de partidos seria reduzido e que fusões ocorreriam para que legendas continuassem em operação. A lei também prevê a criação de chamadas federações partidárias, quando dois ou mais partidos se reúnem por um período de quatro anos para manter as atividades.
O novo Podemos terá ainda 48 deputados estaduais, 198 prefeitos e 3.045 vereadores.
O partido tem nomes ligados a Operação Lava Jato entre seus quadros, como o ex-procurador Deltan Dallagnol, quem obteve a maior votação pra deputado federal no Paraná.