O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter feito o disparo que atingiu e matou a menina Ágatha Vitoria Sales Félix, de 8 anos, em setembro de 2019, foi declarado inocente. A absolvição no júri popular, que foi finalizado após mais de 13 horas de sessão, foi anunciada na madrugada deste sábado (09).

Foram ouvidas dez testemunhas, incluindo Vanessa Sales, mãe de Ágatha, dois peritos criminais e o réu, que respondia por homicídio culposo duplamente qualificado. O caso aconteceu no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o cabo da PM estava em uma operação policial quando atirou de fuzil contra duas pessoas que estavam em uma moto, acreditando que eram traficantes, mas elas não foram atingidas. Um dos projéteis ricocheteou em um posto de concreto e fragmentos atingiram as costas de Ágatha, que estava em uma kombi voltando para casa com a mãe. Os investigadores concluíram que ele atirou ao confundir uma barra de alumínio com uma arma, versão contestada pela família.

O júri concluiu que o policial foi o responsável pelo disparo, mas avaliou que não existiu intenção de matar a menina.