Representantes do Partido Liberal, legenda de Jair Bolsonaro, afirmaram que vão continuar obstruindo os trabalhos dentro da Câmara dos Deputados até que o requerimento de urgência do projeto de lei que trata da anistia seja pautado no plenário. Além disso, a bancada alega que tem apoio suficiente para aprovar o texto e quer que a anistia seja votada na semana de 7 de abril.
No entanto, ainda é necessário apresentar o texto da proposta em uma reunião de líderes que, segundo o líder da PT na Casa, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), só está marcada para a próxima semana.
O líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcanti (RJ), afirmou que a proposta do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de criar uma comissão especial sobre o tema não interessa à legenda. Por isso, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram nesta terça com ele para discutir as estratégias de pressão para a votação do tema.
Um relatório produzido pela Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro vai trazer o que a oposição chama de “abusos e violações de direitos ao longo de todo o processo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal. ”
O PL da Anistia é uma forma de pressionar a Corte por penas mais brandas aos envolvidos em tais situações.
Para que este projeto de lei seja aprovado, é necessária uma presença mínima de 257 deputados e que metade dos votos mais um seja a favor da proposta.