EXCLUSIVO: Piloto de helicóptero feito de refém em pleno voo afirma que vai continuar na carreira

Para Adonis Lopes de Oliveira, essa foi a situação mais tensa que já viveu em 35 anos de Polícia Civil

Piloto teve helicóptero sequestrado por bandidos no Rio de Janeiro, neste domingo (19)
Foto: Reprodução/ Rádio BandNews FM

O piloto que teve o helicóptero sequestrado por bandidos no Rio de Janeiro, neste domingo (19), afirma que vai continuar carreira.  Adonis Lopes de Oliveira afirmou em entrevista exclusiva à Rádio BandNews FM que essa foi a situação de maior tensão que já viveu em 35 anos de Polícia Civil. O comandante teve o helicóptero sequestrado durante um voo e ficou sob a mira de bandidos armados com dois fuzis.

Adonis foi acionado para buscar um casal em um hotel em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. No local, o piloto percebeu que os passageiros eram dois homens vestidos com casacos pretos.

O voo teria como destino um heliponto da Zona Sul do Rio, mas durante a viagem os bandidos anunciaram o sequestro e ordenaram que Adonis seguisse para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

“Dois minutos depois que o helicóptero decolou, eles anunciaram o sequestro e disseram: ‘vamos para Bangu que a gente vai resgatar um colega’”, conta Adonis.

Após o anúncio do sequestro, o piloto e policial da Policia Civil acionou um botão de emergência para informar aos órgãos de controle que a aeronave estava sob "interferência ilícita".

Durante o trajeto, Adonis tentou convencer os bandidos de que o plano não daria certo, já que o helicóptero provavelmente seria alvejado ao entrar na área do presídio. Sob a mira de dois fuzis, o policial civil, que estava desarmado e sem identificação de policial, conduziu a aeronave até o batalhão da Polícia Militar da região.

Segundo o comandante, os bandidos o imobilizaram e empurraram a alavanca de controle do helicóptero para que ela não pousasse no local.

Em seguida, os bandidos desistiram do plano e obrigaram Adonis a seguir para Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Lá, os criminosos pediram que o piloto fizesse o pouso em uma estrutura no alto da comunidade do Caramujo, uma das mais perigosas da região.

O piloto fechou a porta rapidamente, com medo de que os bandidos disparassem na direção do helicóptero. Toda a ação durou 50 minutos.

Acompanhe a entrevista exclusiva com Adonis Lopes de Oliveira:
 

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