O Produto Interno Bruto cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, quando comparado ao último trimestre de 2020, fechando a geração de renda nos três primeiros meses do ano em pouco mais de R$ 2 trilhões.
No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2021, o PIB caiu 3,8%, comparado aos quatro trimestres anteriores.
Na avaliação do ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central e diretor da Consultoria Econômica Schwartzman e Associados, Alexandre Schwartzman, o resultado divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (1) superou as expectativas dos economistas, que esperavam um crescimento um pouco menor em função do fim do auxílio emergencial.
Segundo ele, o país voltou a atingir o patamar que se tinha na pré-pandemia.
Para o futuro, o economista acredita que é possível olhar com otimismo para o crescimento da economia, principalmente com se o país vacinar mais e conseguir evitar a crise do setor elétrico.
Schwartzman avalia, no entanto, que se o país depender do andamento de reformas para atingir um bom patamar, o otimismo dá lugar ao pessimismo, uma vez que ele não enxerga grande possibilidade de o Congresso alterar a cobrança de impostos no país com a reforma tributária.
Ele também cita a reforma administrativa, que, hoje, "não tem apoio nem do presidente da república", disse.
SETORES
O PIB do 1º trimestre de 2021 desacelerou em relação ao trimestre encerrado em dezembro, quando a economia registrou crescimento de 3,2%. Por setor, a agropecuária foi quem mais cresceu entre janeiro e março de 2021. Incremento de 5,2% em relação a igual período de 2020.
A indústria teve crescimento de 3% no mesmo comparativo. Já o setor dos serviços apresentou queda de 0,8%.
Em 12 meses, a agropecuária cresceu 2,3%, a indústria caiu 2,7% e o ramo de serviços caiu 4,5%.