PGR rejeita federalização das investigações do assassinato de petista

Assassinato de Marcelo Arruda deve ser apurado na primeira instância, de acordo com a Procuradoria-Geral da República

Rádio BandNews FM

Manifestação informal da PGR ocorre após o PT anunciar que pediria a federalização do caso
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Procuradoria-Geral da República não vê motivos para a federalização da investigação da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, filiado ao Partido dos Trabalhadores e morto no último sábado (9), em Foz do Iguaçu, por um simpatizante do presidente Jair Bolsonaro. A PGR afirmou nesta segunda-feira (11) que o caso deve ficar na primeira instância, portanto, na Justiça do Paraná.

A manifestação informal da PGR ocorre após o PT anunciar que pediria a federalização do caso. A legenda aponta que um ataque a tiros a caravana realizada pelo ex-presidente em 2018 ainda está com o inquérito aberto e sem identificar os responsáveis pelos disparos. O caso também aconteceu no Paraná.

O partido discutiu o assunto em reunião da pré-campanha de Lula e Alckmin realizada em São Paulo. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, ainda cobrou a troca da delegada responsável pela investigação do assassinato do petista. Iane Cardoso fez publicações críticas ao Partido dos Trabalhadores nas redes sociais.

Ainda nesta segunda-feira (11), a Secretaria de Segurança Pública do Paraná anunciou que as investigações seriam assumidas pela delegada Camila Cecconello. O motivo da substituição não foi anunciado.

PRISÃO

A Justiça do Paraná decretou nesta segunda-feira (11) a prisão preventiva do policial bolsonarista Jorge José Guaranhos, autor dos disparos que terminaram com a morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O Judiciário acatou pedido do Ministério Público Estadual (MP-PR). Um promotor foi destacado exclusivamente para atuar no caso.

De acordo com a Polícia Civil, o atirador não tinha sido convidado para a festa de aniversário de Marcelo Arruda e se apresentava nas redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Jorge Guaranhos compõem o quadro de diretores da Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física (Aresf) em Foz, onde o crime aconteceu. A sequência de disparos foi registrada por câmeras de segurança do local.

Até o momento, os depoimentos indicam que o assassinato pode ter sido motivado por divergências políticas. Para a Secretaria de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, o caso pode ser classificado como “intolerância política”.

Ao contrário do que havia sido informado inicialmente pela Polícia Civil do Paraná, o bolsonarista sobreviveu. Ele está internado em estado grave no Hospital Municipal de Foz, sob custódia da polícia.

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