O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recorreu da decisão do ministro Dias Toffoli, que suspendeu o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões previsto do acordo de leniência do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.
Toffoli tinha determinado a suspensão do pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões até que todas as mensagens aprendidas pela Operação Spoofing fossem analisadas. O ministro atendeu a um pedido da defesa da empresa, que busca reajustar o acordo. Essa operação investiga a ação de hackers que vazaram conversas de autoridades, entre elas procuradores e juízes que atuaram na Lava Jato.
Gonet afirma que o caso não deveria ter sido enviado para relatoria de Toffoli e, sim, distribuído livremente entre os ministros do Supremo Tribunal Federal.
A Procuradoria-Geral da União pede para que, se o ministro decidir manter o caso sob sua relatoria, que reveja sua decisão liminar. E solicita também que a decisão do ministro fique suspensa até a análise do novo relator.
O ministro usou um argumento parecido para dar decisão semelhante à Odebrecht. A PGR ainda não recorreu deste caso. Até o momento, o valor total das multas suspensas pelo magistrado já chegou a R$ 14,1 bilhões.