A Procuradoria-Geral da República pediu que o Supremo Tribunal Federal tire o processo que analisa a fala do presidente Jair Bolsonaro relacionando vacinas ao risco de contrair o vírus da Aids da relatoria do ministro Alexandre de Moraes e passe para o ministro Luís Roberto Barroso.
Segundo a PGR, Barroso deve ser o relator porque já cuida de outras ações que tratam do mesmo tema dentro do Supremo. Assim, o órgão afirma que a relatoria sob o comando de Moraes pode gerar o risco de "anulação futura", caso essa questão não seja resolvida.
Em uma live na internet de outubro de 2021, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids "muito mais rápido que o previsto". A afirmação é falsa e não há estudos oficiais que faça essa associação.
O inquérito que apura a declaração do presidente foi aberto no fim do ano passado, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a pedido da CPI da Covid no Senado.