O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou nesta quarta-feira (1º) um recurso da defesa, mantendo a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres.
Moraes decretou a prisão sob a justificativa de omissão por parte de Torres nos atos de vandalismo contra os Três Poderes no dia 8 de janeiro. O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal estava nos Estados Unidos quando os edifícios do Supremo, do Congresso e do Palácio do Planalto foram depredados.
Em depoimento à PF, o ex-ministro disse que perdeu o celular no período de férias e que não era de responsabilidade dele o planejamento operacional das ações para controle da manifestação. Ele foi preso em 14 de janeiro, ao desembarcar de voo oriundo dos EUA.
A Procuradoria-Geral da República aponta que as condutas do acusado demonstram absoluta desorganização e que ele se ausentou da responsabilidade que lhe competia, de fiscalizar o cumprimento e colocá-lo em prática ao deixar o país.
A PGR também alega que Torres não pretendia se desfazer da minuta do golpe, documento sobre a instauração do estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral. Tal medida, que é institucional, visava mudar o resultado da eleição presidencial de 2022.
Segundo as autoridades, a liberdade de Torres pode colocar em risco o prosseguimento das investigações, a colheita de provas e a persecução penal.