PGR denuncia mais 150 envolvidos em atos criminosos em Brasília

Procuradoria também deve avaliar pedido de suspensão de posse de deputados eleitos que são suspeitos de envolvimento nos atos

Rádio BandNews FM

PGR denuncia mais 150 envolvidos em atos criminosos em Brasília
Os envolvidos estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República apresentou nesta sexta-feira (27) mais 150 denúncias contra envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro.

Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.

Os envolvidos estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal, após a audiência de custódia e a decretação das prisões preventivas. Essa é a quinta leva de denúncias apresentadas pela PGR contra participantes dos atos antidemocráticos, que já chegam ao total de 254.

A peça de acusação reproduz imagens e mensagens apontadas pelos investigadores como elementos de prova da existência de uma situação de estabilidade e permanência da associação formada por centenas de pessoas que acamparam em frente à unidade do Exército, na capital federal.

De acordo com a denúncia, o acampamento funcionava como uma espécie de vila, com local para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia, carregamento de aparelhos e até assistência religiosa.

Também nesta sexta, o ministro Alexandre de Moraes pediu análise da PGR em um pedido de advogados para que o tribunal apure eventuais ações de deputados bolsonaristas nos atos criminosos de 8 de janeiro. O grupo de advogados pediu ao STF a suspensão dos efeitos da diplomação dos parlamentares, para impedir a posse.

O ministro deu prazo de 24 horas para que a PGR apresente manifestação sobre o caso, já que a posse dos deputados está marcada para a próxima quarta-feira (1º).

As ações tratam dos deputados Luiz Ovando, Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira, João Henrique Catan, Rafael Tavares, e Carlos Jordy. Também há representações de Silvia Waiãpi, André Fernandes, Nikolas Ferreira, Sargento Rodrigues e Walber Virgolino.