A Procuradoria-Geral da República apresentou nesta sexta-feira (27) mais 150 denúncias contra envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro.
Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.
Os envolvidos estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal, após a audiência de custódia e a decretação das prisões preventivas. Essa é a quinta leva de denúncias apresentadas pela PGR contra participantes dos atos antidemocráticos, que já chegam ao total de 254.
A peça de acusação reproduz imagens e mensagens apontadas pelos investigadores como elementos de prova da existência de uma situação de estabilidade e permanência da associação formada por centenas de pessoas que acamparam em frente à unidade do Exército, na capital federal.
De acordo com a denúncia, o acampamento funcionava como uma espécie de vila, com local para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia, carregamento de aparelhos e até assistência religiosa.
Também nesta sexta, o ministro Alexandre de Moraes pediu análise da PGR em um pedido de advogados para que o tribunal apure eventuais ações de deputados bolsonaristas nos atos criminosos de 8 de janeiro. O grupo de advogados pediu ao STF a suspensão dos efeitos da diplomação dos parlamentares, para impedir a posse.
O ministro deu prazo de 24 horas para que a PGR apresente manifestação sobre o caso, já que a posse dos deputados está marcada para a próxima quarta-feira (1º).
As ações tratam dos deputados Luiz Ovando, Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira, João Henrique Catan, Rafael Tavares, e Carlos Jordy. Também há representações de Silvia Waiãpi, André Fernandes, Nikolas Ferreira, Sargento Rodrigues e Walber Virgolino.