A Procuradoria-Geral da República pede ao Supremo Tribunal Federal que mantenha a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Detido desde 14 de janeiro, ele é acusado de inação para conter os atos criminosos de 8 de janeiro.
O pedido encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (27) deve ser analisado nos próximos dias.
A Polícia Federal informou ao STF que está analisando as impressões digitais encontradas no documento defendendo um golpe que estava na casa de Torres.
A PGR afirma que o documento estava em uma pasta do governo e não havia a intenção de descartar o papel, conforme afirma a defesa de Torres.
Segundo a Procuradoria, a apreensão da “minuta do golpe” só foi possível porque Anderson Torres estava nos Estados Unidos e, se estivesse em liberdade, teria ocultado ou destruído esse e outros elementos de prova.
Além disso, o documento assinado pelo procurador Carlos Frederico Santos aponta que Torres se ausentou das responsabilidades como Secretário de Segurança e deixou de fiscalizar e impedir com ações práticas as manifestações antidemocráticas que danificaram os prédios dos Três Poderes.
O ex-ministro alegou em depoimento à PF que não tinha responsabilidade sobre o planejamento operacional das ações de controle das manifestações e informou que perdeu o celular durante a viagem aos Estados Unidos.
A defesa de Torres havia solicitado no início do mês ao STF a revogação da prisão preventiva decretada contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes.