A Pfizer afirmou nesta sexta-feira (09) ter disponibilizado ao governo brasileiro o primeiro lote das vacinas de segunda geração contra a Covid-19. Os chamados imunizantes bivantes são mais eficazes contra a variante Ômicron do coronavíus e foram aprovadas pela Anvisa no dia 22 de novembro.
Chegaram ao Brasil 1,4 milhão de doses do imunizante produzido em parceria com o laboratório alemão BioNTech. O contrato assinado com a Pfizer no ano passado permitia ao Ministério da Saúde receber diferentes imunizantes fabricados já com alterações contra as variantes do vírus.
O produto utiliza a proteína Spike, a chave utilizada pelo vírus para infectar as células, para induzir a produção a anticorpos.
Até o início da próxima semana, a Pfizer promete entregar mais duas remessas que somam 4,5 milhões de doses das vacinas bivalentes. As novas entregas estão previstas para domingo (11) e segunda (12) em São Paulo.
Até o dia 19 de dezembro, a empresa espera concluir a entrega de 8,9 milhões de doses das vacinas que protegem contra as variantes da Ômicron BA.1, BA.4 e BA.5.
O Ministério da Saúde ainda não anunciou um plano para a utilização desses imunizantes de segunda geração e nem sobre a expansão das doses de reforço da vacina. Até então, maiores de 18 anos já podem tomar duas doses de reforço, totalizando quatro aplicações no ciclo vacinal.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no dia 22 de novembro o uso emergencial como dose de reforço para a população acima de 12 anos. As doses de vacina monovalentes originais contra a COVID-19 seguem sendo distribuídas nos postos de saúde e continua sendo imprescindível no combate da doença.
Eficiente no combate das variantes Ômicron BA.1 e BA.4/BA.5, além do vírus original, a vacina bivalente mantém um bom perfil de segurança e tolerabilidade. Elas terão uma coloração cinza nas tampas, diferente das demais doses para que haja diferenciação mais fácil, além de não precisarem de diluição.