PF realizou operações contra familiares do megatraficante Luiz Carlos da Rocha

As ações foram coordenadas pela delegacia de Londrina, no norte do Paraná

BandNews FM

Mais de R$12 mi em espécie foram apreendidos pela Polícia Federal
Arquivo/Agência Brasil

Quase cinco anos após prender o megatraficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como “Cabeça Branca”, a Polícia Federal realizou hoje (3) operações contra familiares e outras pessoas ligadas a ele. O grupo é suspeito de lavar pelo menos R$4 bi.

As ações foram coordenadas pela delegacia de Londrina, no norte do Paraná. São cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 39 de busca e apreensão em seis estados da federação, incluindo Paraná, São Paulo, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Outras sete buscas são conduzidas no Paraguai. O delegado Daniel Martarelli da Costa explica que são duas ações simultâneas.

A Operação Sucessão é um desdobramento direto da ação que prendeu Cabeça Branca em junho de 2017. Na fase de hoje (3), são cumpridos mandados contra familiares do traficante que o auxiliavam na lavagem do dinheiro. A Operação Fluxo Capital acontece de forma simultânea, com o objetivo de desarticular a quadrilha que, de fato, executava as movimentações financeiras ilegais, com auxílio de contadores, por meio de laranjas e empresas de fachada.

De acordo com a PF, o grupo não se limitava a lavar o dinheiro de “Cabeça Branca”, mas também atuava junto a outros criminosos do Brasil

O delegado Daniel Martarelli da Costa, da delegacia da Polícia Federal em Londrina, explica que no decorrer das investigações foi descoberto que parte importante da operação acontecia fora do Brasil. Por isso, a partir de informações coletadas por cooperações internacionais, a Justiça autorizou o cumprimento de mandados no Paraguai

Além dos mandados de prisão temporária e buscas e apreensões, a Polícia Federal também executa sequestro de imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias. Os contadores suspeitos de envolvimento nos crimes de lavagem de dinheiro terão as licenças profissionais suspensas, assim como as empresas de fachada supostamente envolvidas no esquema.

No curso das investigações, mais de 12 milhões de reais em espécie foram apreendidos pela Polícia Federal. Durante o cumprimento dos mandados, hoje (3), também foram apreendidos dólares, coleções de relógios de luxo e obras de arte.

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