PF prende policiais civis ligados ao PCC em operação contra corrupção

Investigação revela esquema criminoso envolvendo informações sigilosas e a morte do delator Vinicius Gritzbach

BandNews FM

PF prende policiais civis ligados ao PCC em operação contra corrupção
Reprodução/Band

Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público, deflagrada na manhã desta terça-feira (17), prendeu sete pessoas, sendo um delegado e três policiais civis de São Paulo por suspeita de ligação com a facção criminosa PCC. A ação cumpre oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na capital paulista, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.  

Os presos são Fábio Baena, que foi delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa HPP, e os policiais Eduardo Monteiro e Rogério Felício, que trabalhavam com Baena. Outros quatro investigados foram detidos na ação.

O empresário Vinícius Gritzbach, que foi executado no aeroporto de Guarulhos em novembro, denunciou, em abril deste ano, que esses policiais chegaram a pedir R$40 milhões para que ele não fosse citado na investigação do homicídio de Anselmo Cara Preta e Sem Sangue.

Gritzbach, que fechou um acordo de delação premiada, chegou a pagar R$ 1 milhão, mas foi acusado pelo homicídio.

Segundo a PF, as investigações tiveram início a partir da análise de provas obtidas em apurações anteriores, incluindo movimentações financeiras suspeitas, depoimentos e colaborações premiadas.  

Os agentes detidos são acusados de colaborar com o PCC, garantir proteção para os integrantes da facção e facilitar esquemas de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal afirma que há também indícios de desvio de bens que deveriam ser apreendidos pelas autoridades: “os elementos colhidos revelam uma estrutura complexa montada para exigir propina e lavar dinheiro, atendendo aos interesses da organização criminosa”, declarou a PF em nota.  

Os envolvidos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de bens e capitais. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

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