Homem é preso temporariamente por desaparecimento de jornalista e indigenista

Investigadores encontraram sangue em lancha usada pelos desaparecidos

Rádio BandNews FM

O jornalista e o indigenista foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael. Foto: Ministério da Defesa
O jornalista e o indigenista foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael.
Foto: Ministério da Defesa

É decretada a prisão temporária do homem suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo, no Amazonas. A audiência de custódia de Amarildo da Costa Oliveira, na Comarca de Atalaia do Norte, foi realizada nesta quinta-feira (09).

Interrogado nesta semana, a prisão temporária havia sido determinada após marcas de sangue terem sido encontradas pela perícia na lancha apreendida durante as operações de busca, e que foi vista sendo conduzida por Amarildo no dia do desaparecimento da dupla, de acordo com testemunhas.

As marcas foram reveladas após o uso de luminol, reagente químico utilizado na embarcação. O material foi enviado de Atalaia do Norte para a capital Manaus, onde vai passar por perícia.

Amarildo, de 41 anos, é suspeito de ter perseguido Dom e Bruno, segundo relatos de ribeirinhos da região da Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do Amazonas.

De acordo com a PF, 100 quilômetros passaram por varredura das equipes por meio fluvial. Ainda segundo a Polícia Federal, o custo da operação, até o momento, está somado em um montante de mais de 600 mil reais.

Também nesta quinta, a embaixadora britânica no Brasil, Melanie Hopkins, fez contato com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para tratar sobre o jornalista inglês. Segundo o Executivo, todos os esforços estão sendo realizados pelas forças do estado para localizar Dom Philips e Bruno Pereira.

O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, se manifestou sobre a situação e lamentou o aumento da violência no Amazonas.

Já o presidente Jair Bolsonaro reforçou na internet que as buscas são realizadas de forma intensa. Ainda segundo Bolsonaro, os auxiliares foram instruídos por ele a “não se distraírem com narrativas midiáticas para que possam se concentrar nas buscas”.

O jornalista e o indigenista foram vistos pela última vez na comunidade São Rafael no domingo e teriam seguido viagem para Atalaia do Norte. A viagem duraria cerca de duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.