A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (11), mais uma fase da Operação Última Milha para desarticular uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas.
O grupo teria utilizado os sistemas da Agência Brasileira de Inteligência, para cometer as irregularidades, inclusive um software israelense chamado de First Mile.
Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão.
As ações foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal e valem para as cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.
Um dos presos foi Mateus Sposito, ex-assessor no Ministério das Comunicações na gestão de Jair Bolsonaro, e é suspeito de integrar o chamado “gabinete do ódio”.
Além disso, o ex-assessor do Palácio do Planalto José Matheus Sales foi alvo de busca e apreensão.
Ainda na ação, o ministro Alexandre de Moraes decretou as prisões preventivas e o afastamento dos cargos públicos de Richards Pizarro, Rogério Beraldo, Marcelo Bormevet e Giancarlo Gomes.
Segundo a PF, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas.
A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.