A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (18) 16 pessoas acusadas de participação em uma quadrilha que trocava malas de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para o envio de drogas para a Europa. A Operação Efeito Colateral é um desdobramento da investigação que começou após duas brasileiras serem presas na Alemanha, em março deste ano.

Ao todo, são 27 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Dois procurados são considerados foragidos. A PF estima que a quadrilha tenha enviado mais de 120 quilos de cocaína para o Velho Continente.

Detalhes da operação e dos alvos da operação serão divulgados em uma entrevista coletiva na sede da Polícia Federal na capital paulista.

Os mandados são cumpridos em São Paulo e em Guarulhos.

Anteriormente, a investigação policial já tinha revelado a participação de funcionários terceirizados que prestam serviço para as companhias aéreas no esquema.

Entre os detidos, estão os responsáveis pela troca de etiquetas e executores de três casos de tráfico internacional de drogas. Além disso, foram presos os encarregados por enviarem cocaína para Portugal, em outubro do ano passado, e para a França, em março deste ano.

O esquema ganhou repercussão após as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía ficarem presas por 38 dias em Frankfurt, na Alemanha. As bagagens de ambas foram encontradas com cocaína após a troca da etiqueta das malas.

As bagagens foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as identificações foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das malas no Aeroporto Internacional de São Paulo.

Tanto Kátyna quanto Jeanne foram inocentadas após imagens de câmeras de segurança flagrarem a ação na área restrita do terminal.