A Polícia Federal afirma ter "indícios concretos" de envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de recuperar as joias árabes.
O conjunto em questão é o pacote apreendido pela Receita Federal que inclui um colar de diamantes, avaliado em R$ 16,5 milhões.
Segundo a corporação, existe um ofício que revela que o ex-ajudante de ordens da Presidência, o coronel Mauro Cid, solicitou a recuperação das joias.
O documento cita a autorização para retirada dos presentes atendendo a "demandas do senhor Presidente da República".
O ex-presidente e o coronel Mauro Cid deverão ser ouvidos pela Polícia Federal em depoimento marcado para quarta-feira, dia 05.
Dois dos três kits de joias enviados pelos sauditas já foram devolvidos por ordem do Tribunal de Contas da União.
Um terceiro conjunto com relógio e abotoaduras avaliados em R$ 500 mil também deverá ser entregue ao TCU.
A defesa de Jair Bolsonaro tem reclamado do que chama de "tentativa de criminalização e burocracia" por parte do tribunal.
Nesta sexta-feira, dia 31, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Bendito Gonçalves, encerrou a coleta de provas na ação que pode tornar o ex-presidente inelegível.
A investigação analisa uma reunião que Bolsonaro teve com embaixadores em julho do ano passado, em que ataca as urnas eletrônicas.
Com o fim da etapa, o caso deve ser levado a julgamento no Tribunal Superior Eleitoral logo depois do feriado de Semana Santa.