PF deve ouvir hoje depoimento de Bolsonaro sobre tentativa de golpe

Bolsonaro afirmou que só vai responder às perguntas dos delegados se defesa tiver acesso completo ao inquérito

Rádio BandNews FM

PF deve ouvir Bolsonaro nesta quinta-feira (22)
Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal deve ouvir nesta quinta-feira (22) o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. 

A sessão está marcada para a tarde na sede da PF na capital federal.

Em entrevista a uma rádio do Recife, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que só vai responder às perguntas dos delegados se a defesa tiver acesso completo ao inquérito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, no entanto, alega que os advogados já têm todas as informações disponibilizadas aos investigados. 

O magistrado negou todos os pedidos da defesa de Bolsonaro para adiar o depoimento. 

Além dele, a PF intimou outros 12 investigados na operação Tempus Veritatis. 

Na lista, estão os generais e ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira; o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier e também o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, além do ex-titular da Justiça Anderson Torres.

Todos serão interrogados simultaneamente para dificultar a combinação de versões.

Os peritos encontraram no celular de Torres um material em que ele afirma, diante da possibilidade de golpe, que "a hora de atuar é agora".

Na reunião ministerial gravada em julho de 2022, o ex-ministro defende uma atuação incisiva da equipe nas eleições daquele ano.

O general Braga Netto, por sua vez, será questionado sobre mensagens em que sugeriria a continuidade de Bolsonaro no poder e também sobre o suposto uso dos chamados "kids pretos", integrantes do Batalhão de Operações Especiais do Exército para dar força aos ataques de 8 de janeiro.

Também estão na lista de depoentes Marcelo Câmara, número 2 da ajuda de ordens, Mário Fernandes, que era ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência e Tércio Arnaud, investigado por participar de um suposto gabinete do ódio. 

Além deles, a lista conta ainda com Cleverson Magalhães, Bernardo Romão Correia Neto e Ronald Ferreira de Araújo Junior, todos do Exército Brasileiro.

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