A Polícia Federal deve ouvir em setembro a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no inquérito que apura as declarações prestadas pelo hacker Walter Delgatti Neto conhecido como hacker da Vaza Jato.
Ela é apontada como responsável por articular uma invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada teria contratado Delgatti para o serviço.
Durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos criminosos do dia 8 de janeiro, Delgatti afirmou que Zambelli prometeu um emprego a ele na campanha de reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Na sessão, o hacker também afirmou ter recebido um total de R$ 40 mil de Zambelli, e fez acusações contra o ex-presidente da República, que já apresentou queixa-crime contra Delgatti por crime de calúnia.
A defesa do hacker afirmou também que entregou à Polícia Federal os comprovantes de transferências via Pix no valor de R$ 13,5 mil feitas por duas pessoas ligadas à deputada. Segundo os advogados, o restante foi pago em espécie.