A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (9) uma operação contra lavagem de dinheiro e corrupção no alto escalão do governo do Acre.
Os mais de 300 agentes federais cumprem 89 mandados de busca e apreensão no Acre, no Amazonas, em Goiás, no Piauí, no Paraná, em Rondônia e no Distrito Federal.
Na sede do governo acreano, as equipes da PF fizeram buscas em gabinetes da Casa Civil e da Secretaria de Fazenda do estado.
De acordo com a corporação, a ação desta quinta (9) é um desdobramento das fases I e II da operação Ptolomeu após a identificação de uma organização criminosa que supostamente seria controlada por políticos e empresários ligados ao governo acreano. Entre os investigados está o governador do estado, Gladson Cameli.
Em nota, o governador Gladson Camelli afirmou que “confia que tudo será apurado e esclarecido” e se coloca a disposição da Justiça para eventuais esclarecimentos. A publicação termina com o político citando que “reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça”.
Chamada de Ptolomeu III, a movimentação dos agentes da PF foi feita em parceria com a Procuradoria-Geral da República, Receita Federal e Procuradoria-Geral da União. Os alvos da ação não foram informados.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou o bloqueio de R$ 120 milhões divididos entre bens, valores em contas bancárias, aeronaves, casas e apartamentos de luxo. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram as atividades econômicas suspensas.
O STJ decretou ainda o cumprimento de medidas cautelares como suspensão do exercício da função pública, proibição de acesso a órgãos públicos e de se ausentar do país. O órgão determinou a entrega de passaportes no prazo de 24 horas.