A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) a Operação Lesa Pátria com o objetivo de identificar indivíduos que participaram, financiaram ou incentivaram os atos terroristas no dia 8 de janeiro, em Brasília. Quatro prisões já foram efetuadas.
Nesta primeira fase serão cumpridos pelo menos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão. A corporação afirmou que a operação é permanente.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as operações serão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Quatro pessoas já foram presas. Entre as detenções confirmadas está a de Renan da Silva Sena, no Distrito Federal. Ele já trabalhou como terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos na gestão de Damares Alves, foi responsável por protestos com fogos de artifício em frente à sede do STF e já foi processado pelo governador afastado do DF, Ibaneis Rocha. Em 2020, ele também foi acusado de cuspir em enfermeiros que faziam um ato a favor do isolamento social em frente ao Supremo.
Além de Renan, Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, foi preso no estado de São Paulo, Soraia de Mendonça Bacciotti foi detida no Mato Grosso do Sul e Randolfo Antonio Dias foi preso em Minas Gerais.
A corporação investiga crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens.
A PF colocou à disposição da população um e-mail de contato para quem tiver informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou incentivaram os ataques do dia 8 de janeiro. O endereço é denuncia8janeiro@pf.gov.br.