A Polícia Federal afirma, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, que o presidente Jair Bolsonaro atuou de forma "direta e relevante" para desinformar sobre sistema eleitoral.
A manifestação foi feita no inquérito que apura a disseminação de fake news por parte de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas.
A apuração teve início após uma transmissão do presidente pela internet em que acusou haver fraudes no sistema, mas não apresentou provas.
O documento indica que Jair Bolsonaro deve ser investigado no inquérito das milícias digitais, empenhadas em ataques à democracia e às instituições.
Na investigação, constam os depoimentos do ministro da Justiça, Anderson Torres, do secretário-geral da Presidência, Luis Eduardo Ramos, e do diretor da Abin, Alexandre Ramagen.
A conclusão da Polícia Federal é que os envolvidos agiram por livre vontade e de forma consciente.
O relatório acrescenta que o objetivo era promover, apoiar ou subsidiar a construção de uma narrativa falsa ou com dados descontextualizados.
Até o momento, o Planalto não se manifestou.