A Polícia Federal adiou o depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-Secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, que estava previsto para esta segunda-feira (24). A nova data ainda não foi definida.
Ele seria ouvido no inquérito que investiga as ações da Polícia Rodoviária Federal durante as eleições do ano passado. O procedimento apura se a PRF foi utilizada para bloquear estradas e impedir eleitores de votarem no Nordeste.
De acordo com a PF, os advogados apresentaram o atestado de um psiquiatra, que destacou que ele não está em condições de depor. O laudo médico aponta um quadro depressivo, mencionando inclusive a perda de mais de 10 kg.
A defesa afirma ainda que, assim que estiver recuperado, Anderson Torres pretende cooperar para o esclarecimento dos fatos que estão em apuração no inquérito. Ainda segundo os advogados, o ex-ministro está impossibilitado de participar de audiências judiciais por uma semana.
O depoimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na última quinta-feira (20), depois de um pedido da própria PF.
O ex-secretário está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 daquele mês.