Um mês após as fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, os moradores ainda tentam se restabelecer para recomeçar a vida. No centro histórico, as ruas foram limpas. Pelas redes sociais, a prefeitura anuncia a reabertura de museus e que quase 90% das escolas municipais foram reabertas.
Mas, nas áreas mais afetadas pelo temporal, o trabalho ainda está longe de ser concluído. É o caso do Morro da Oficina, no Alto da Serra, epicentro da tragédia. Equipes ainda trabalham na retirada dos escombros do deslizamento, como o de duas rochas que somam mais de 110 toneladas. Segundo os moradores, boa parte de quem perdeu tudo ainda não conseguiu auxílio da prefeitura.
A Defesa Civil foi chamada para três mil vistorias pela cidade. Aproximadamente, 1.700 já foram concluídas. Segundo o município, cerca de 180 famílias assinaram contratos de locação de moradia por aluguel social, de R$ 1.000. Mas cerca de 680 pessoas continuam acolhidas em abrigos.
Nas ruas, os comerciantes abrem seus negócios. Mas muitos ainda têm que reconstruí-los. Na Rua Teresa, há lojas em funcionamento ao lado de clínicas e academias destruídas.
Para os moradores, o medo de novas chuvas é uma constante. Os petropolitanos evitam se deslocar pela cidade no fim da tarde, quando geralmente há maior risco de chuva.
O Corpo de Bombeiros continua as buscas por quatro pessoas desaparecidas. Até agora, foram registradas 233 mortes pela tragédia.