Petrópolis: Filha procurada por mãe com enxada é encontrada morta

Mãe ainda não conseguiu liberar corpo da adolescente de 17 anos vítima de um deslizamento de terra

Rádio BandNews FM

A mãe que procurou a filha com uma enxada nos escombros de um deslizamento em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, não conseguiu liberar o corpo da adolescente até o início da noite desta quarta-feira (16). Gisélia de Oliveira Carminati foi orientada a procurar o IML de Petrópolis nesta quinta-feira (17) para concluir o trabalho de identificação e liberação da jovem.

Após receber informações divergentes no IML sobre a identificação da vítima, a família da menina deixou o IML sem conseguir liberar o corpo.

A mulher saiu de Juiz de Fora, em Minas Gerais, após saber do temporal. A filha dela, Maria Eduarda Carminati de Carvalho, de 17 anos, morava com a tia no Morro da Oficina. O local foi o mais afetado pelas chuvas que castigaram a região.

Além de Maria Eduarda, a tia Tânia, e uma bebê, Helena, estavam juntas e morreram no deslizamento, nesta terça-feira (15).

Gisélia criticou a demora do Corpo de Bombeiros para o resgate da filha.

IDENTIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS

A identificação das vítimas no Instituto Médico Legal movimentou a sede de Petrópolis e um caminhão frigorífero foi colocado no local para auxiliar na conservação dos corpos das vítimas.

O atendimento aos familiares no local foi encerrado por volta das 19h e é retomado apenas na manhã desta quinta (17).

Durante o dia, a espera para a identificação chegou a cerca de nove horas em alguns casos.

Os familiares davam dados dos desaparecidos e esperavam ser chamados para concluir a identificação.

O vendedor Felipe Castro procurou o irmão nos hospitais da cidade, mas não o encontrou. Ele estava em um dos ônibus levados pela correnteza. Felipe estava angustiado com a espera demorada por informações.

Os parentes das vítimas criticaram a falta de equipamento e pessoal para realizar os procedimentos. Mas segundo o coordenador da força-tarefa da Polícia Civil em Petrópolis, o subsecretário operacional Ronaldo Oliveira, há peritos suficientes para o trabalho, mas que o processo é complexo.

A Polícia Civil montou uma força-tarefa com cerca de 200 policiais para agilizar a perícia e reforçar o policiamento na cidade, após relatos de saques.

Juízes de Petrópolis também fazem um mutirão para acelerar a organização dos documentos necessários para o processo.