A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com um número total de 218 pessoas desaparecidas após o temporal que atingiu a cidade de Petrópolis na região Serrana do Rio nesta terça-feira (18).

O Ministério Público Estadual  também monitora o número de pessoas que ainda não foram localizá-las após a tragédia. A lista do MP conta com 57 pessoas.  

Além destas, 20 pessoas foram localizadas pelos promotores com vida. Uma delas morreu no hospital.

Até o momento, 139 pessoas morreram, segundo o balanço mais recente do Corpo de Bombeiros, divulgado na tarde deste sábado (19).

Das 120 vítimas que chegaram ao Instituto Médico Legal, 72 já foram identificadas pelas famílias. Destas: 79 eram mulheres e 41 eram homens. Entre eles, há 21 menores de idade. Cinquenta e três corpos já foram liberados do IML.

O número de desabrigados em Petrópolis também cresceu para 967. O número foi atualizado na noite desta sexta-feira (18) pela Defesa Civil municipal. Até agora, o órgão recebeu 675 chamados, sendo 546 deslizamentos.

O secretário de Defesa Civil de Petrópolis, Gil Kempers, afirmou que o temporal que atinge a cidade desde a última terça-feira (15) é uma das maiores tragédias naturais do país.

O secretário voltou a pedir para que pessoas não treinadas não fiquem em áreas de risco e não tentem resgatar vítimas das tragédias.

Kempers disse ainda que é preciso paciência, porque os agentes não conseguem estar em todos os locais ao mesmo tempo e não é possível verificar riscos de casa em casa. 

A Defesa Civil Municipal emitiu aviso por SMS de previsão de chuva moderada a forte e acionou as sirenes do primeiro distrito de Petrópolis. 

Os moradores das localidades do Morro dos Ferroviários - que abrange o Morro da Oficina, da comunidade 24 de Maio, do Vila Felipe, do Chácara Flora, do Sargento Boening e São Sebastião foram alertados com a possibilidade de ocorrência de chuva nas localidades.

Com as condições meteorológicas que favorecem a ocorrência de chuva, a Defesa Civil mantém os agentes do município em alerta para a possibilidade de novas ocorrências. A Prefeitura orienta que a população de áreas de risco, que não tiver local seguro para se deslocar, busque acolhimento em um dos 19 pontos de apoio abertos em diferentes partes da cidade.

Para ajudar nos trabalhos de busca e resgate, o Corpo de Bombeiros conta com a ajuda de 79 militares e 36 cães farejadores que foram enviados por outros 14 estados.