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Petrobras vota aumento de 43,88% nos salários de executivos

Presidente pode ganhar mais de R$ 165 mil em caso de aprovação

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Agência Brasil

A assembleia de acionistas da Petrobras colocará em votação nesta quinta-feira (27) o aumento de 43,88% nos salários de diretores e do presidente da empresa, Jean Paul Prates.

Em caso de aprovação, valor recebido pelo mandatário passará de R$ 115 mil para mais de R$ 165 mil por mês. Segundo o comunicado da Petrobras, o reajuste nos rendimentos tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumulado de 2013 a 2022.

A estatal ainda anunciou que a remuneração total para o cargo de presidente foi equivalente a 18,19% do praticado pelo mercado ao longo de 2022. Além disso, alegou que o salário dos diretores no mesmo período foi equivalente a 54,85% do praticado pelas empresas.

Na reunião, serão analisadas propostas de remuneração de administradores, titulares do Conselho Fiscal e de membros dos comitês estatutários de assessoramento ao Conselho de Administração (CA).

Caso aprovadas, as propostas somam valores de até R$ 54,26% milhões de abril deste ano até março de 2024, representando um aumento de 37,1%.

Segue a nota da Petrobras: 

No período de abril de 2022 a março de 2023, os oito diretores executivos e o presidente da Petrobras tiveram remuneração mensal na faixa de R$ 111 mil a R$ 116 mil.

Cabe esclarecer que Jean Paul Prates se absteve da decisão tomada pelo colegiado, assim como outros três Conselheiros, que, como ele, permanecerão no Conselho. Os Conselheiros que votaram favoravelmente tiveram como base a percepção de oportunidade de melhoria dos valores de remuneração, atualmente praticados à luz de referências de empresas com as mesmas características.

A indicação de correção dos salários não tem nenhuma motivação individual e sequer atende a pleitos exclusivos da nova gestão, já que se trata de um tema que deve ser obrigatoriamente analisado pelas estatais para subsidiar decisão da AGO quanto ao montante que será destinado à remuneração de seus administradores no próximo ano. Além de considerar que a remuneração dos dirigentes está congelada desde 2016, a decisão do CA de propor o ajuste de 43,88% ponderou os resultados positivos obtidos pela companhia e a considerável defasagem da remuneração dos administradores em relação ao mercado.

Para efeito de comparação, pesquisas apontam que a remuneração do presidente da Petrobras equivale a 19% da mediana da remuneração total anual de seus pares no mercado; a dos diretores equivale a 55%; e a dos conselheiros equivale a 26% do que o mercado similar pratica.

A defasagem foi ampliada nos últimos anos em função do congelamento da remuneração dos dirigentes. Os empregados da companhia tiveram sua remuneração atualizada ao longo deste período.

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