A Petrobras anunciou no início da tarde desta terça-feira (19) uma redução de 20 centavos no litro da gasolina vendida nas refinarias da estatal. O repasse nas bombas depende de outros fatores, mas deve ser sentido nos próximos dias. A partir de quarta-feira (20), o litro do combustível vendido para as distribuidoras passará de R$ 4,06 para R$ 3,86.
A queda é de 4,9% e ocorre, segundo a empresa, após a estabilização dos preços dos combustíveis no mercado internacional permite o corte e reafirma que a mudança é “coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
O preço do barril do petróleo tem caído nos últimos dias, mas o câmbio está pressionado no país com a desvalorização do real.
A redução ocorre após críticas e pressão do presidente Jair Bolsonaro contra a estatal. Em dois meses, a companhia teve duas mudanças de comando e tem sido criticada pelos lucros dos últimos anos, que foram recordes.
O preço do combustível interfere na inflação e na percepção econômica da população, por isso, tem sido alvo de reclamações do presidente que pretende buscar à reeleição.
Segundo a petroleira, “considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba”.
A última mudança nos preços da gasolina tinha sido anunciada em 17 de junho.
O corte atual ocorre após mudanças na alíquota do ICMS do combustível nos estados, que agora conta com limite entre 17% e 18% a depender da região do país.
A alteração nos índices foi vista como uma resposta do Congresso aos aumentos praticados pela petroleira nos últimos meses.