A Petrobras afastou, nesta sexta-feira (11), o recém-nomeado gerente-geral de segurança da empresa. A medida acontece após denúncia de violência doméstica contra a ex-esposa, no Rio de Janeiro. Até o momento, o acusado ainda não foi identificado.

A vítima, também funcionária da petroleira, possuía uma medida protetiva, mas os dois ainda trabalhavam no mesmo local, no Edifício Senado, na região central do Rio.

A informação chegou à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Segundo a diretora de comunicação da FUP, Patrícia de Jesus, a denúncia foi feita através de uma amiga da vítima.

"No mesmo instante, nos movimentamos e fizemos contato com a empresa. Esse tipo de situação é inadmissível, estamos em pleno Agosto Lilás e estamos atentas a qualquer tipo de movimentação de agressores dentro da empresa", afirma a dirigente, destacando que a promoção do agressor foi suspensa.

Em nota à BandNews FM, a Petrobras confirmou o afastamento e disse não tolerar qualquer tipo de violência. A empresa ainda ressalta que criou um canal de acolhimento específico para atendimento a vítimas.

Em abril, a entidade foi alvo de diversas denúncias de assédio e importunação sexual. No total, foram comprovados 10 casos, de 81 denúncias realizadas entre 2019 e 2022.

Desde então, a companhia anunciou a criação de um grupo de trabalho para rever procedimentos de recebimento e tratamento dos registros.