A presidente do Peru, Dina Boluarte, garantiu que “vândalos” serão punidos após cenas de violência se espalharem por Lima na noite de quinta-feira (19). Protestos violentos pedem a antecipação da eleição presidencial prevista para 2024.
Um prédio histórico foi incendiado no Centro da capital peruana. As manifestações capitaneadas por apoiadores de Pedro Castillo começaram no dia 7 de dezembro, quando o ex-presidente tentou destituir o Parlamento e foi preso por tentativa de golpe de Estado.
As ações de violência tomaram as ruas primeiro das cidades do interior. Nos últimos dias, os atos têm se concentrado na capital e nas proximidades das sedes do poder.
Em um pronunciamento, a presidente disse que a situação foi controlada, que “o governo está firme e seu gabinete mais unido que nunca”. Boluarte ainda disse que a lei será cumprida contra quem comete vandalismo.
Na quarta-feira (18) um confronto entre policiais e manifestantes deixou uma mulher morta após ser baleada e outra pessoa foi gravemente ferida. O governo já contabilizou 54 mortes desde o início dos protestos, sendo nove delas em bloqueios de estradas.
Ainda não foi esclarecida a causa do incêndio provocado no prédio próximo à praça San Martín.
Na segunda maior cidade do país, em Arequipa, mil pessoas tentaram invadir o aeroporto, que suspendeu as operações por segurança. Os manifestantes foram repelidos pela polícia com gás lacrimogênio.
O trajeto ferroviário entre Cusco e Machu Picchu também foi interrompido.