O senador Alessandro Vieira apresentou nesta segunda-feira (05) um pedido para criação de uma CPI voltada a apurar as suspeitas de que Jair Bolsonaro tinha conhecimento de um esquema de rachadinha no gabinete dele como deputado federal, entre 1991 e 2018. A prática acontece quando os assessores repassam parte dos salários para o parlamentar.
A denúncia do suposto envolvimento do presidente no esquema foi divulgada pelo portal UOL, que revelou gravações de Andrea Siqueira Vale, ex-cunhada e irmã da segunda mulher do presidente, falando sobre devolver dinheiro no período que estava lotada no gabinete de Bolsonaro.
Andrea também teria afirmado que o irmão André foi demitido do gabinete do então deputado por se recusar a entregar a maior parte do salário.
A CPI da Rachadinha, segundo Alessandro Vieira, teria como objetivo apurar se de fato Bolsonaro estava envolvido e sabia do esquema.
Ainda nesta segunda-feira (05), o PSOL enviou um pedido à Procuradoria-Geral da República pedindo para que o caso seja investigado e cita supostos crimes como peculato, prevaricação, corrupção, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro.
CONVOCAÇÃO NA CPI DA PANDEMIA
O presidente da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, defendeu a convocação da ex-cunhada de Jair Bolsonaro Andrea Siqueira Vale na segunda-feira (05).
O senador afirmou que ela pode explicar se houve “espelhamento do esquema no governo federal” e disse que “Carlos Bolsonaro é peça fundamental no chamado no ministério paralelo e Flávio Bolsonaro um influente filtro de indicações”. A convocação não é consenso entre os membros da CPI.