Pazuello deve depor na CPI da Covid na semana que vem

A AGU, no entanto, apresentou um habeas corpus preventivo para que o ex-ministro permanecesse em silêncio

Rádio BandNews FM

Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve depor na CPI da Covid na semana que vem
Tomaz Silva/Agência Brasil

Para a próxima semana na CPI da Covid, está marcado o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, mas a Advocacia Geral da União apresentou um habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal para que ele possa ficar em silêncio. A previsão é de que Pazuello participe da Comissão na próxima quarta-feira.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, deverá divulgar até o fim da tarde desta sexta sua decisão sobre o habeas corpus preventivo. A ação foi distribuída ao magistrado por prevenção, por ele já relatar outros casos relacionados ao mesmo tema.

Relembre quem passou pela CPI da Covid nesta semana:

Terça-feira

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou que não vê relação entre as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a China e as dificuldades que o Brasil vem tendo para obter o Ingrediente Farmacêutico Ativo de vacinas. Ele foi questionado pelo relator, o senador Renan Calheiros, sobre o motivo de a Anvisa ter negado o certificado de boas práticas ao laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina Covaxin. Como resposta, Barra Torres explicou que faltou demonstrar a validação da "inativação da vacina" e que não foram demonstradas ações necessárias para garantir a esterilização do produto, entre outros pontos.

Sobre uma proposta para alterar a bula da cloroquina e incluir o tratamento para a Covid-19, diretor-presidente da Anvisa afirmou que nesta reunião estavam também o então ministro Luiz Henrique Mandetta, o ministro Braga Netto e a médica Nise Yamaguchi. Ele afirmou que o documento foi comentado por Nise, que pareceu estar mobilizada com essa possibilidade, mas que não sabe quem criou a minuta do decreto. 

Quarta-feira

O ex-secretário de comunicação da presidência Fabio Wajngarten onfirmou em depoimento à CPI, que uma carta enviada pela empresa norte-americana Pfizer no ano passado não foi respondida pelo governo brasileiro, o que atrasou a confirmação da compra de vacinas e a chegada do imunizante. Em uma sessão marcada por discussões e acusações de falso testemunho, o ex-secretário de comunicação disse que não estava entre os destinatários originais da carta, tampouco participou de negociações, mas que buscou o contato com a empresa americana. Wajngarten poupou o General Pazuello e culpou a burocracia.  

Quinta-feira

A CPI da Covid ouviu, na quinta-feira, o ex-presidente da Pfizer no Brasil e atual gerente geral da empresa na América Latina, Carlos Murillo. Ele comandava a representação brasileira da empresa farmacêutica norte-americana quando se iniciaram as negociações com o governo brasileiro para a compra de vacinas contra o coronavírus ainda no passado. Segundo ele, a Pfizer fez cinco ofertas de vacinas contra a COVID-19 que não foram respondidas pelo governo brasileiro em 2020. Em fevereiro de 2021, um novo contato também não teve retorno. A empresa só recebeu uma sinalização positiva em março deste ano e o contrato para compra de 100 milhões de doses foi fechado.  Carlos Murillo destacou que as três primeiras ofertas previam contratos de 30 milhões ou de 70 milhões de doses.  

O executivo da Pfizer também foi questionado se o vereador Carlos Bolsonaro havia participado de reunião para tratar da compra de imunizantes.  Primeiramente, ele disse que não teria como confirmar, mas depois destacou que o filho do presidente Jair Bolsonaro esteve em um encontro.  

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