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Paulo Pimenta diz que ataques no DF aconteceram por conivência das autoridades

Chefe da SECOM disse que resposta aos atos golpistas foi rápida e demonstrou a solidez da democracia brasileira para o mundo

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (17) que os atos golpistas do dia 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, jamais teriam acontecido se não fosse a conivência das forças de segurança.

Em entrevista exclusiva à Rádio BandNews FM, Paulo Pimenta falou sobre falhas dos setores responsáveis pela segurança da Esplanada dos Ministérios e das sedes dos Poderes, mas ponderou que é preciso aguardar o andamento das investigações para que os criminosos, organizadores e financiadores sejam responsabilizados.

Pimenta disse que a velocidade com que a democracia brasileira deu reposta aos ataques foi um ponto positivo.

"Na própria segunda-feira o presidente Lula despachou do Planalto, recebeu os chefe dos Poderes, reuniu governadores. Tudo isso sinaliza com muita força para a sociedade brasileira e para o mundo que a democracia no Brasil é sólida", disse.

Ele chamou atenção ao fato de que, apesar da depredação e dos danos causados, as instituições continuaram a funcionar. “O ataque foi à estrutura física dos Poderes, mas a democracia é muito maior que isso”, enfatizou. 

O ministro da SECOM confirmou que os atos golpistas podem servir para repactuar a sociedade brasileira que, em sua maioria, condena os atos de vandalismo. Ele afirmou ainda ter indícios de que a organização chamada de “gabinete do ódio” continua funcionando e é a responsável pelas invasões. 

Paulo Pimenta explicou que as ferramentas do estado brasileiro, como a Agência Brasil, não serão usadas para disputa ideológica ou política. O chefe da SECOM explicou o termo “rede da verdade”, usado por ele, e disse que a secretaria não atuará para criminalizar veículos de imprensa.

De acordo com o ministro, o combate à desinformação será feito no âmbito das políticas públicas, retomando a credibilidade dos órgãos de comunicação oficiais e da ciência. Para ele, existe uma diferença entre fazer um juízo do que é verdade e identificar a prática de crimes.