Pastores envolvidos em fraudes do MEC estiveram 35 vezes no Planalto

Registros de entrada e saída foram divulgados nesta quinta-feira (14)

Rádio BandNews FM

Recursos são administrados pelo FNDE Foto: Adriano Machado/Reuters
Recursos são administrados pelo FNDE
Foto: Adriano Machado/Reuters

Os pastores envolvidos em fraudes no Ministério da Educação estiveram pelo menos 35 vezes no Palácio do Planalto.

Os registros de entrada e saída foram divulgados nesta quinta-feira (14), dois dias depois de o Gabinete de Segurança Institucional impor sigilo às informações.

A alegação anterior era de que os dados, se divulgados, poderiam comprometer a segurança do presidente e dos familiares deles.

Segundo o GSI, Arilton Moura participou de 27 agendas no Palácio do Planalto em 2019; uma em 2020; cinco em 2021; e duas em 2022.

Dessas, seis ocorreram depois de o MEC acionar a Controladoria Geral da União para apurar as suspeitas envolvendo os religiosos – todas na Casa Civil, comandada por Ciro Nogueira.

Outro pastor, Gilmar dos Santos, esteve 10 vezes no Palácio do Planalto, em nove delas acompanhando Arilton Moura.

Ele é citado no áudio em que o ex-ministro Milton Ribeiro – que deixou o cargo – fala em priorizar amigos do religioso, a pedido de Jair Bolsonaro.

Os dois são investigados por suspeita de cobrar propina em dinheiro – e até ouro – em troca da liberação de verbas para a construção de escolas.

Os recursos – que seriam destinados aos municípios – são administrados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE.