Passageiros do voo em que cepa indiana foi detectada não foram testados para Covid

Acompanhe ainda a entrevista com a epidemiologista Ethel Maciel, que fala sobre as variantes

Teste de Covid-19 Foto: Reuters/Lindsey Wasson
Teste de Covid-19
Foto: Reuters/Lindsey Wasson

Nem todos os passageiros do voo de São Paulo para o Rio de Janeiro em que estava o homem diagnosticado com a variante indiana do coronavírus, foram testados para a Covid-19.

Apenas quem teve contato direto com o morador de Campos, no Norte Fluminense, foi testado, como os funcionários do hotel em que ele se hospedou e pessoas que ficaram a menos de um metro e meio de distância dele. Todos testaram negativo para a doença até agora.

Segundo o superintendente em Vigilância em Saúde do Rio, Marcio Braga, 29 pessoas são monitoradas, mas só vão ser testadas se apresentarem sintomas.

A Prefeitura aguarda as diretrizes da Anvisa sobre as medidas serão tomadas para conter o avanço de variantes de outros países.

A Anvisa informou que todos os requisitos migratórios foram cumpridos, o que autorizava o ingresso do passageiro no país. Ele apresentou um teste negativo para a Covid-19, feito até 72 horas antes do embarque. No entanto, a doença foi detectada, após um exame PCR feito por conta própria no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Depois disso, o homem de 32 anos seguiu em um voo doméstico para o Rio de Janeiro, onde desembarcou e ficou hospedado em um hotel no sábado. No dia seguinte, foi de carro para Campos, no Norte Fluminense, onde mora.

O paciente segue sob observação em um hotel sanitário no Rio e com poucos sintomas da doença.

Segundo a enfermeira e epidemiologista, Dra. Ethel Maciel, as variantes do coronavírus preocupam as autoridades porque elas influenciam diretamente as estratégias de controle sanitário.

A professora ainda ressalta que nenhuma vacina é 100% eficaz, por isso os cuidados rotineiros como máscara, distanciamento e higienização devem ser mantidos.

Ethel Maciel explica que a cepa indiana, recém-chegada ao Brasil, pode, sim, ser mais resistente às vacinas e também facilitar as reinfecções.

O levantamento recém-divulgado de um estudo feito no Reino Unido mostrou um grande número de contaminados com a mutação da Índia entre aqueles que tomaram somente uma dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca, que são as mais aplicadas no país.

Já para quem completou a imunização, não houve alterações na taxa de eficácia.

Acompanhe a entrevista com a Dra. Ethel Maciel: