Passa de 80 o número de mortos no conflito na Faixa de Gaza; bombardeios não param

Segundo a ONU, os confrontos são tão intensos que caminham para se tornar uma guerra completa

BandNews FM

Fumaça em Gaza após ataque aéreo israelense
Foto: SUHAIB SALEM/REUTERS

O barulho das bombas se tornou uma constante, enquanto o número de mortos não para de subir. Essa é a realidade vivida na Faixa de Gaza, território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel. 

A intensificação da tensão entre Israel e Palestina iniciada na segunda-feira (10) resulta, até o momento, em 83 mortes, sendo 17 menores de idade. As informações são do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento Hamas, grupo militante que visa estabelecer um Estado islâmico independente na Palestina.

Os confrontos são tão intensos que caminham para se tornar uma guerra completa, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Para se ter ideia, fontes militares de Israel afirmaram que o país bombardeou Gaza mais de 600 vezes desde segunda-feira. Já os movimentos palestinos lançaram mais de 1.600 foguetes contra o território israelense. Apesar de ataques de ambos os lados, a resposta de Israel tem sido muito mais pesada, já que o país possui um poder bélico maior e mais tecnologia. 

Escalada da tensão

A elevação da tensão ocorreu após o despejo de famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro de Jerusalém Oriental, no dia 6 de maio. Já estopim para os ataques se deu em 10 de maio, após protestos ocorridos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, local considerado o mais sagrado do Judaísmo e o 3º mais sagrado do Islã.

Na ação, muçulmanos tentavam impedir uma marcha nacionalista em celebração ao “Dia de Jerusalém”. Após dispersar a multidão, a polícia israelense se manteve no local, o que levou o grupo Hamas a dar um ultimato para que os agentes saíssem da Esplanada, pedido não atendido. Iniciaram-se então os ataques com foguetes vindos do lado palestino. 

Foto: Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency/Getty Images

"Agora uma luta está sendo travada pelo coração de Jerusalém. O Hamas e a Jihad Islâmica pagaram e pagarão um preço muito alto por sua beligerância”, afirmou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao prometer uma resposta com "grande força". No dia seguinte, as imagens de uma torre de 13 andares, considerada um centro de inteligência militar do Hamas, desabando em Gaza após um ataque aéreo israelense circularam o mundo. A resposta não demorou a vir do lado palestino, com o lançamento de 130 foguetes com destino a Tel Aviv, em Israel. 

A tentativa da comunidade internacional de um cessar-fogo entre os lados parece não surtir efeito. Netanyahu afirma que pretende seguir bombardeando para enfraquecer a capacidade militar do Hamas.

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