O Partido Popular, da Espanha, vai ter de negociar com outras legendas para tentar formar maioria e assumir o governo, mesmo liderando as eleições gerais realizadas neste domingo (23) no país.
Com 99% das urnas apuradas, o partido de Alberto Feijó, um senador direitista, conquistou 136 assentos no Parlamento. Já o Partido Socialista, do atual premiê, Pedro Sanchez, vai ocupar 122 cadeiras.
O Vox, de extrema-direita, recebeu 12% dos votos, conquistando 33 vagas - 19 postos a menos do que na última eleição, de 2019. O Sumar, união de partidos da esquerda, garantiu 31 assentos.
Para formar governo, uma coalizão precisa de 176 cadeiras no Parlamento.
O resultado surpreendeu a maioria dos analistas, que esperavam uma aproximação dos eleitores com a direita.
As eleições gerais estavam previstas inicialmente para dezembro, mas foram antecipadas pelo primeiro-ministro em maio deste ano. Pedro Sanchez buscou frear justamente o avanço da direita pelo continente europeu.
Os especialistas acreditam que as negociações entre os partidos vão durar até três semanas até a conclusão final sobre como será o novo governo espanhol.