O parlamento sul-coreano aprovou nesta sexta-feira (27) o impeachment do presidente interino Han Duck-soo, acusado de insurreição, em meio a uma turbulência política que já havia levado ao impeachmento do presidente Yoon Suk Yeol no início de dezembro. Han assumiu o cargo após Yoon ter sido afastado por declarar lei marcial, mas sua destituição intensifica a instabilidade no país.
Com a decisão, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume interinamente o cargo, seguindo a linha de sucessão. A oposição, que controla o parlamento, acusou Han de agir contra a democracia, enquanto aliados governistas classificaram o impeachment como "tirania parlamentar".
A crise, considerada a mais grave desde a redemocratização do país em 1987, preocupa economistas e investidores. O mercado financeiro reagiu com queda, e analistas alertam para possíveis impactos econômicos. Enquanto isso, o Tribunal Constitucional iniciou os trabalhos para decidir o futuro do presidente afastado Yoon Suk Yeol, com prazo de até 180 dias para julgar o caso.
O cenário político segue incerto, alimentado por desconfianças sobre o uso de poderes excepcionais e a polarização entre governo e oposição.