O abastecimento de água de Curitiba e Região Metropolitana pode ficar ainda mais comprometido com o início do inverno.

Isso é o que aponta o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar).

A estação, que tradicionalmente já é a mais seca do ano, vai ter um 2021 com ainda menos chuvas, intensificando assim os problemas de estiagem.

Os fenômenos El Niño (águas na região equatorial do Oceano Pacífico aquecem 0,5°C ou mais acima da média) e La Niña (águas na região equatorial do Oceano Pacífico esfriam 0,5°C ou mais acima da média)  não devem se manifestar neste inverno.

Os meses de julho e agosto devem ser os mais secos do ano.

Nesta segunda-feira (21), o nível médio dos reservatórios que abastecem Curitiba e região está em 52,72%, segundo a Sanepar.

A companhia já havia informado que se o nível chegar a 50% deve ser iniciado o rodízio de 36 horas por 36 horas, ou seja, 36 horas de abastecimento para 36 horas de corte no fornecimento.

Hoje, 22, o rodízio segue 60 por 36 horas.

De acordo com informações da Sanepar, a chuva registrada neste final de semana na região dos reservatórios foi, em média, de 44 milímetros.

Essas chuvas afastaram a necessidade de um rodízio mais rígido, segundo a companhia.

SECA EM MINAS

Em um mês, 128 municípios de Minas Gerais já decretaram situação de emergência por conta da seca.

Os decretos têm validade de 3 meses, e indicam a redução ou esgotamento das reservas de água das cidades.

A situação é ainda mais grave nas regiões rurais, já que as produções dependem do recurso e a economia local é baseada nas plantações e na pecuária.

O período seco em Minas começa em maio indo até setembro, no entanto, no período chuvoso que geralmente dura de outubro a abril, as chuvas ficaram abaixo da média. Segundo especialistas, chuvas na média esperada para MG ocorreram apenas em fevereiro.

No estado, o reservatório Três Marias está com apenas 60,79% do volume útil, segundo o CEMIG. Os demais reservatórios como Nova Ponte, Rio Araguari e Rio Paranaíba já enfrentam situação de emergência desde maio.

Outros estados além de Minas e Paraná estão em alerta, como Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo. Esses estados contam com um polo de produção agropecuária e grandes hidrelétricas que servem para abastecimento de energia.