O Papa Francisco visitou neste domingo (5) a ilha grega de Lesbos, porta de entrada de refugiados em busca de melhores oportunidades na Europa. O pontífice falou em “naufrágio da civilidade” por conta do abandono dos imigrantes na região. O líder da Igreja Católico esteve no campo de Mavrovouni, que abriga mais de dois mil imigrantes em situação de vulnerabilidade.
Francisco faz uma visita de cinco dias à Grécia e ao Chipre. A viagem começou na quinta-feira (2) e segue até esta segunda (6).
O papa já visitou a região de Lebos há cinco anos, no auge da crise migratória do Mediterrâneo. Recebido pelos refugiados, o pontífice disse que tenta ajudar os imigrantes. Ele foi recebido com festa pelo grupo e conversou longamente com aqueles que buscam uma oportunidade no Velho Continente fugindo da guerra e da pobreza na Ásia e no Oriente Médio.
Durante um discurso, Francisco lamentou que o Mediterrâneo tenha "se tornando um cemitério frio e sem lápides". O religioso estava acompanhado de autoridades da Comunidade Europeia, da presidente da Grécia e de ministros gregos. O argentino então pediu que “não deixemos que este mar de memórias se transforme no mar do esquecimento”.
A estrutura visitada pelo Papa foi construída às pressas em um campo do Exército após um incêndio destruir o acampamento de Moria em setembro de 2020. O local era considerado insalubre.
Existe a expectativa de que Francisco leve para Roma alguns dos refugiados, repetindo o gesto de 2016, quando 12 sírios foram levados para o Vaticano com Jorge Bergoglio.
No último dia da agenda papal, Francisco se reúne em Atenas com jovens de uma escola católica.