Os associados da Sociedade Esportiva Palmeiras vão definir, no dia 24 de novembro, o próximo presidente que comandará o clubeno próximo triênio - de 2025 a 2027. Nesta quarta-feira (13), a BandNews FM iniciou a série de entrevista com os candidatos e ouviu Savério Orlandi, de 53 anos de idade, representante da chapa "Palmeiras minha vida é você".
Questionado sobre sua motivação de se lançar numa candidatura de oposição a atual mandatária, Leila Pereira, Savério disse representar um "grupo e correntes" com "alguma insatisfação" e "contrários à atual gestão".
"Através do trabalho que temos feito dentro do clube [é possível vencer a eleição]. É uma realidade que talvez o torcedor não conheça muito, como funcionam as coisas lá dentro. [...] A campanha ganhou corpo. Dificuldade existe por conta do momento e da cooptação que foi feita no clube, nos últimos anos", declarou Orlandi.
Ao tratar de investimentos, Savério também prometeu investir R$ 200 milhões em contratações nos próximos anos e defendeu uma política ativa de chegada de jogadores.
"O dinheiro é do clube, Palmeiras tem algumas receitas e vai recuperar isso. Entendo que nós temos que fazer [investimentos]. Não vejo problema em trazer jogadores rodados, com experiência", disse.
Apoio de Paulo Nobre
Tido por muitos torcedores como o melhor presidente da história do Palmeiras, Paulo Nobre não se manifestou publicamente sobre o pleito que se aproxima na Sociedade Esportiva. Embora já tenha tido rusgas com a atual mandatária, Orlandi expôs que não nutria qualquer expectativa de ter um apoio do ex-presidente em torno da sua chapa.
"Não tinha tanta expectativa pelo fato do Paulo renunciar e abdicar da liderança que ele construiu no clube. Ele já manifestou a companheiros a intenção de não participar mais do processo político do clube. Acho uma pena, o Paulo ainda poderia ajudar demais o Palmeiras", disse.
No entanto, Orlandi ressaltou que o grupo ligado diretamente ao ex-presidente, "com pouquíssimas exceções, a ampla maioria" apoia a chapa 'Palmeiras minha vida é você'.
Projetos para o futebol
Mesmo candidato de oposição a atual gestora, Savério ressalta que não pretende realizar uma 'revolução' no clube e afirma que pretende manter os profissionais que hoje comandam o clube, como Anderson Barros na diretoria de futebol e João Paulo Sampaio no comando da base.
Ao ser perguntado sobre a "mudança" dos jogos de mandante do Palmeiras, do Allianz Parque para Barueri ou Campinas, em determinados jogos da temporada, Orlandi ressaltou que o clube precisa se adequar ao calendário proposto no ano anterior e aos compromissos da WTorre, mas que irá defender que o clube mande seus jogos fora de São Paulo apenas em casos específicos.
Savério também falou sobre o patrocínio do Palmeiras. Atualmente, a Crefisa estampa o patrocínio master do clube e já anunciou que não irá renovar o contrato para a próxima temporada. O candidato de oposição considerou que não há espaço no futebol brasileiro para um patrocínio único no uniforme e pregou cautela ao acertar contratos estratosféricos com casas de aposta. Atualmente, há conversas do Palmeiras com bets para patrocínio master.
"Corre o risco, é inegável, de num determinado momento, uma canetada possa acabar [com o mercado de bets]. As pessoas acham que é loucura, mas se voltarmos pouco tempo na história vamos nos deparar com os bingos. Foram feitos investimentos enormes em casa, instalações, e numa canetada mandou-se fechar tudo", opinou.
Perfil
Advogado de formação, Savério também é parte do Conselho Deliberativo há 23 anos; foi diretor de futebol do Palmeiras, entre 2007 a 2010; e membro do Conselho de Orientação e Fiscalização durante oito anos.
Caso seja eleito, Orlandi terá com vice-presidentes Luiz Osvaldo Pastore, Roberto Silva, Luciana Santilli e Felipe Giocondo