Subiu para 12 o número de pessoas mortas em decorrência das explosões de pagers, no Líbano. O ataque realizado também deixou outros 3 mil libaneses feridos. Entre as vítimas estão duas crianças.
Segundo publicação do jornal norte-americano The New York Times, Israel teria interceptado uma carga de pagers importados de Taiwan e implantou uma pequena quantidade de explosivos em cada aparelho adquirido pelo Hezbollah.
Até o momento, no entanto, o governo israelense não assumiu responsabilidade pelo ataque e não comentou o episódio. Já o Irã e o Hezbollah afirmam que Israel terá punição "rápida e justa" pelas explosões simultâneas.
Os aparelhos de mensagens rápidas dos anos 90, também chamados erroneamente de Bipes - o Bipe fornece um aviso com o número que te ligou, já o Pager também emite uma frase durante o aviso ao usuário -, eram usados pelo Hezbollah para evitar o rastreamento por GPS e driblar o uso de telefones celulares.
Segundo um alto funcionário da segurança do Líbano ouvido pela agência Reuters, o Hezbollah comprou um lote de cerca de 5 mil aparelhos de um modelo recente, há cinco meses, de Taiwan.
O grupo apoiado pelo Irã – que classificou o episódio como um ato de terrorismo – deixou de usar celulares para burlar o rastreamento de Israel.
Um sinal sonoro foi enviado aos pagers antes das explosões, para atrair os usuários e a detonação teria sido feita de forma remota após o grupo terrorista descobrir a inserção dos explosivos.
Nesta quarta-feira (18), o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, volta ao Egito para novas tentativas de mediação de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.