O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse aos senadores reunidos na manhã desta terça-feira (5) que lerá em Plenário o requerimento para a criação da CPI do MEC ainda esta semana. O senador também se comprometeu a ler o pedido de abertura das Comissões Parlamentares de Inquérito das obras paradas, do desmatamento ilegal e do narcotráfico, estas são uma reivindicação dos governistas.
Segundo Pacheco, caberá aos líderes as indicações dos membros do colegiado. Mas a maioria dos senadores teria concordado que a instalação das CPIs ocorra após o período eleitoral para que não haja contaminação do processo eleitoral.
A promessa da leitura das comissões parlamentares de inquérito termina com um impasse entre os colegas, que ameaçam procurar o Supremo Tribunal Federal para barrar a criação da investigação no MEC caso outras CPIs não fossem abertas.
Embora o compromisso de que o pedido de abertura da investigação do Ministério da Educação será lido, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que procuraria o STF caso o direito de investigação não seja garantido.
A análise dos atos do ex-ministro Milton Ribeiro e de pastores que frequentavam o MEC é apoiada por 31 senadores. A investigação pode gerar desgaste ao Palácio do Planalto no período eleitoral. O presidente procura renovar o mandato e veria perdido o argumento de que não há corrupção no governo.
Após a leitura do requerimento de criação da CPI, os senadores têm 24 horas para retirarem assinaturas. Segundo a Agência Senado, o governo trabalha para que cinco senadores retirem o apoio ao texto e assim barrar a comissão.